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Em 6 de dezembro de 2024, o Mercosul e a União Europeia chegaram a um acordo político sobre um tratado de parceria histórica. Se for ratificado, será uma das maiores colaborações econômicas do mundo, abrangendo um mercado de nada menos que 780 milhões de pessoas e oferecendo enormes oportunidades comerciais.
No entanto, o acordo está sob pressão. O mundo está em constante transformação, e tanto os Estados Unidos quanto a China têm interesse em uma UE e um Mercosul divididos. Questões políticas e ambientais tornam o acordo controverso, enquanto os interesses geopolíticos tornam o cenário ainda mais complexo. Este tratado pode realmente transformar a relação entre a Europa e a América do Sul? E quais forças estão puxando as cordas? Este artigo analisa os interesses estratégicos, as divisões internas e as pressões externas que moldam as negociações.
Um Longo Caminho até um Acordo
As primeiras discussões entre a UE e o Mercosul — composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai — começaram nos anos 1990, quando a globalização ainda era vista como o futuro. As negociações formais tiveram início em 1999, com o objetivo de reduzir tarifas de importação e melhorar o acesso ao mercado. No entanto, as discussões repetidamente travaram, principalmente devido aos interesses agrícolas europeus e às exigências sul-americanas no setor de produtos industriais.
Além disso, havia uma lacuna mais profunda e difícil de superar: a percepção. Políticos e ONGs da Europa Ocidental eram frequentemente vistos como condescendentes na América do Sul, o que prejudicava ainda mais o entendimento mútuo.
Em 2019, um avanço parecia próximo com um acordo preliminar, mas a conhecida lentidão burocrática da UE causou novo impasse. As mudanças políticas no Brasil e na Argentina tornaram a situação ainda mais complexa. Internamente, isso gerou turbulência, mas externamente, a posição do Mercosul permaneceu surpreendentemente firme. Enquanto isso, o cenário político na Europa também mudou: o lobby agrícola ganhou mais influência, enquanto o lobby ambientalista perdeu força. Curiosamente, ambos os grupos, por diferentes razões, se opõem ao tratado.
Uma História Compartilhada, Mas Sem Compreensão Automática
A Europa e a América do Sul compartilham uma longa e profunda história. Mais de 500 anos de influência mútua, migração e comércio criaram laços culturais e religiosos. Nos países do Mercosul, há até mais católicos do que na UE, e os dois idiomas mais falados são o espanhol e o português. No entanto, essa herança comum não garante automaticamente um entendimento mútuo.
Grande parte desse desentendimento decorre da diversidade interna da própria Europa. Portugal, naturalmente, tem uma relação diferente com o Brasil do que a Finlândia, e a Grécia enxerga o Uruguai de uma maneira distinta da Espanha. Isso torna desafiador estabelecer uma estratégia europeia unificada.
Linhas de Conflito Político e Econômico
No fim das contas, este acordo trata de interesses econômicos, e ambos os lados estão fazendo forte lobby. Na UE, agricultores e ativistas ambientais se opõem à indústria e ao setor comercial. Na América do Sul, governos defendem suas indústrias e mercados contra a concorrência estrangeira. Enquanto isso, os EUA e a China exploram habilmente as divisões internas para fortalecer sua influência em ambas as regiões.
A atitude condescendente da Europa, especialmente no Norte e no Oeste do continente, não facilita as coisas. Apesar de séculos de laços, o mal-entendido mútuo persiste. Com a pressão geopolítica, as divisões internas e os interesses econômicos em jogo, uma coisa é certa: um acordo de livre comércio sustentável está longe de ser garantido.
Brasil
Com 211 milhões de habitantes, o Brasil é de longe o maior país do Mercosul e mantém todas as opções em aberto. Embora tanto o atual presidente Lula quanto seu antecessor, Bolsonaro, apoiem o acordo comercial com a UE, o país segue uma abordagem pragmática. Em novembro de 2024, durante uma visita de Xi Jinping, Lula assinou nada menos que 37 acordos comerciais com a China, abrangendo setores como agricultura, comércio, energia e tecnologia. Com isso, o Brasil deixa claro para a Europa que seus interesses econômicos vêm em primeiro lugar.
Lula já havia alertado a Europa em 2023: o Brasil não aceitará um "neocolonialismo verde". Em outras palavras, restrições comerciais disfarçadas de preocupações ambientais não serão bem-vindas. Enquanto isso, a China é, de longe, o maior parceiro comercial do Brasil, absorvendo 27% das exportações, enquanto a UE (15,4%) e os EUA (11,4%) ficam bem atrás. Em um mundo onde os blocos comerciais estão cada vez mais polarizados, o Brasil continua a navegar habilmente entre as grandes potências.
Argentina
Para a vizinha Argentina, a UE é o segundo maior parceiro comercial depois do Brasil (12,9% das exportações), seguida pela China (9%) e pelos EUA (7,6%). O país defende há anos um acordo com a UE, e essa posição permanece sob o governo do presidente Javier Milei. O economista libertário implementou mudanças radicais na economia após sua eleição em 2023. Sua "terapia de choque" está surtindo efeito: a inflação está diminuindo, o déficit orçamentário desaparecendo e os investimentos estrangeiros começando a fluir. No entanto, o custo social é alto – a pobreza e os protestos aumentaram.
Um acordo de livre comércio com a UE se encaixa perfeitamente na agenda liberal de Milei e pode dar um impulso extra à economia. Mas ele também está disposto a considerar medidas drásticas, como a saída da Argentina do Mercosul, para buscar acordos bilaterais mais vantajosos com outros países.
Paraguai e Uruguai
O presidente do Paraguai, Santiago Peña, vê o acordo Mercosul-UE como um marco histórico. Em dezembro de 2024, ele declarou: "Depois de 25 anos de negociações, finalmente temos um acordo. Esta é uma oportunidade única para o Paraguai atrair investimentos e fortalecer sua posição no cenário global." No entanto, ele mantém cautela. Alguns meses antes, em outubro, já havia alertado que a falta de consenso dentro da UE estava dificultando as negociações.
E então há o Uruguai. Esse pequeno, mas assertivo, membro do Mercosul quer se livrar da tomada de decisões lenta do bloco. O presidente Luis Lacalle Pou está impaciente e acredita que os países devem poder negociar acordos comerciais individualmente. Para ele, as negociações com a UE estão demorando demais, e ele ameaça fechar seus próprios acordos, por exemplo, com a China. O Uruguai não quer ficar preso a bloqueios internos e defende a modernização do Mercosul: menos protecionismo, mais comércio e maior flexibilidade.
A Impaciência Sul-Americana
Os países do Mercosul não estão todos alinhados. O Brasil quer um acordo com a UE, mas, assim como os outros, mantém alternativas em aberto. A Argentina também é favorável, mas tem pressa. O Paraguai vê o acordo como histórico, mas aponta para as divisões europeias. O Uruguai quer mais liberdade de ação e decisões mais rápidas. Enquanto isso, as negociações continuam se arrastando, dificultadas por interesses divergentes e pressões externas.
Uma coisa é certa: o Mercosul está em uma encruzilhada, e as escolhas feitas nos próximos anos determinarão o futuro do comércio na América do Sul.
Países Baixos
Os Países Baixos há séculos são uma nação comercial e desempenham um papel fundamental como porta de entrada para a Europa. Com o Porto de Roterdã sendo o maior do continente e o Aeroporto de Schiphol como o principal da UE, o país se tornou um verdadeiro hub de trânsito. Isso faz dos Países Baixos um parceiro comercial importante para o Mercosul. Para o Brasil, os Países Baixos são o quarto maior destino de exportação, enquanto Argentina e Uruguai o colocam na sexta posição.
No entanto, como acontece frequentemente, o país luta para equilibrar seu papel entre o comerciante e o moralista. O comerciante vê no acordo de livre comércio UE-Mercosul uma oportunidade para expandir os fluxos comerciais, enquanto o moralista adota um tom professoral ao falar com a América do Sul sobre sustentabilidade e comércio justo. Essa tensão tem um papel central no debate político. De um lado, há o poderoso lobby agrícola, que teme a concorrência dos produtos agropecuários sul-americanos mais baratos. De outro, há os influentes movimentos ambientalistas, em grande parte financiados pelo governo, que pressionam por exigências ecológicas rigorosas no acordo.
Essa dinâmica se tornou evidente na política holandesa em 3 de dezembro de 2024, quando foi apresentada uma moção para que o país votasse contra o acordo no Conselho de Ministros da UE. Os proponentes? Uma combinação surpreendente de pequenos partidos de esquerda e direita que encontraram um ponto em comum em sua oposição ao tratado. A moção foi amplamente apoiada e aprovada, posicionando os Países Baixos entre os opositores do acordo.
França
O país que tradicionalmente se opõe mais fortemente ao acordo UE-Mercosul na Europa não surpreende ninguém: a França. O lobby dos agricultores franceses exerce influência há décadas, e a Política Agrícola Comum (PAC) é sagrada para a França. Em 2019, os agricultores franceses receberam nada menos que €6,3 bilhões em subsídios agrícolas da UE, e esses direitos adquiridos são ferozmente defendidos.
Sob o governo do presidente Emmanuel Macron, a posição francesa se tornou ainda mais rígida. Paris considera o acordo “inaceitável” e argumenta que ele ameaça a Amazônia. Macron enfatiza que os tratados comerciais não podem ser dissociados da política ambiental e que países que não cumprem os compromissos climáticos internacionais não devem se beneficiar de vantagens comerciais. O presidente do Brasil, Lula, rebate essas declarações acusando a UE de "colonialismo verde" e afirmando que o Brasil tem total autonomia sobre sua política ambiental, sem interferência europeia.
Os Favoráveis: Espanha, Portugal e Alemanha
Nem todos os países europeus compartilham da visão francesa. Espanha e Portugal são fortes defensores do acordo. A Espanha vê no tratado uma oportunidade estratégica para fortalecer seus laços econômicos com a América do Sul, especialmente para a exportação de azeite, vinho e outros produtos agrícolas espanhóis. Já Portugal, que mantém laços históricos sólidos com o Brasil, considera o Mercosul seu terceiro maior parceiro comercial fora da UE e vê o acordo como um meio de reforçar a posição geopolítica da Europa na América Latina.
A Alemanha também é uma grande apoiadora, embora com um foco diferente. Berlim está principalmente interessada nos benefícios econômicos para a indústria alemã. Ao mesmo tempo, dentro da política alemã — assim como nos Países Baixos e na França — há preocupações com os impactos ambientais e no setor agrícola nacional. Esse sentimento ambivalente se reflete em outros países da Europa Ocidental: a disputa entre as oportunidades econômicas e as preocupações ambientais e agrícolas.
Divisão Europeia
No final das contas, a UE está tão dividida sobre o acordo Mercosul quanto os próprios países do bloco sul-americano. Alemanha e Espanha impulsionam o tratado, enquanto França, Áustria e Polônia tentam freá-lo. O cerne do debate? As oportunidades econômicas contra a proteção do setor agrícola e as exigências ambientais.
Uma coisa é certa: este tratado é muito mais do que um simples acordo comercial. Ele toca em questões mais profundas sobre sustentabilidade, geopolítica e interesses nacionais. E assim como os países do Mercosul navegam entre grandes potências, a UE oscila entre o comerciante e o moralista.
BRICS
Nas últimas décadas, a ordem global passou por mudanças significativas, com a dominância ocidental perdendo força. Um fator central nessa transformação é a ascensão do BRICS, uma aliança de cinco grandes economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O BRICS é visto como um contrapeso à influência ocidental tradicional, especialmente a dos Estados Unidos. Juntos, os países do BRICS representam uma grande parcela da população mundial e da produção econômica. Seu objetivo é criar uma ordem mundial multipolar, onde o poder não esteja mais exclusivamente nas mãos dos países ocidentais, algo refletido em suas iniciativas conjuntas nos setores de comércio, finanças e diplomacia.
Um dos principais instrumentos do BRICS é o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), atualmente liderado pela ex-presidente brasileira Dilma Rousseff. Esse banco foi criado para oferecer financiamento alternativo para projetos de infraestrutura e desenvolvimento, além de promover uma alternativa ao dólar americano. No entanto, sua viabilidade ainda é incerta. Já em janeiro de 2025, pouco depois de sua posse, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de pelo menos 100% "se quiserem brincar com o dólar".
Embora os países do BRICS compartilhem o desejo de romper a hegemonia ocidental, seus interesses internos variam consideravelmente. China e Índia, por exemplo, têm conflitos territoriais, e a Índia é aliada militar dos EUA, Japão e Austrália. Assim, permanece incerto se o BRICS será capaz de se consolidar como um contrapeso duradouro ao Ocidente.
Dentro do Mercosul, o Brasil é o único membro do BRICS e, ao mesmo tempo, a maior economia do bloco. A Argentina chegou a solicitar adesão ao BRICS, mas o presidente Javier Milei retirou rapidamente essa candidatura. As decisões estratégicas que o Brasil tomará no futuro ainda não estão claras, pois o país precisa equilibrar sua posição entre o BRICS e a União Europeia.
China
A China, a principal força por trás do BRICS, expandiu significativamente sua influência na América do Sul nos últimos anos. Com grandes investimentos em infraestrutura, o país vem fortalecendo sua presença na região. Um exemplo emblemático é a construção do porto de contêineres de Chancay, no Peru, uma peça-chave na Rota Marítima da Seda (Belt and Road Initiative, BRI). Com essa expansão, a rota comercial chinesa agora alcança a costa oeste da América Latina. Projetos como esse abrem novos caminhos comerciais e reduzem a dependência das tradicionais rotas transatlânticas, consolidando ainda mais o controle da China sobre o comércio global.
Vários países do Mercosul demonstram interesse em acordos de livre comércio com a China. O Uruguai já está aberto a negociações, enquanto o Brasil optou por não aderir à Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI). Dentro do Mercosul, há um debate sobre as diferentes condições impostas pela União Europeia e pela China. A UE vincula o comércio a exigências ambientais rigorosas, algo que alguns veem como um "colonialismo verde" – uma interferência na soberania nacional e um obstáculo ao crescimento econômico. Já a China não impõe condições políticas, tornando-se um parceiro comercial mais atraente para alguns países.
Estados Unidos
Enquanto isso, o governo Trump manteve distância do acordo comercial UE-Mercosul. No entanto, sua política protecionista, com preferência por acordos bilaterais e a imposição de tarifas, entrou em conflito com o tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Essa abordagem, somada a uma diplomacia imprevisível, levou tanto o Mercosul quanto a UE a reconsiderarem suas estratégias comerciais.
Um Ponto de Virada
Os Estados Unidos foram, durante muito tempo, o parceiro transatlântico natural da Europa, mas essa relação vem se tornando cada vez menos confiável. Isso está levando a UE a adotar uma postura geopolítica mais independente. Nesse contexto, um acordo comercial com o Mercosul se torna ainda mais atrativo. O mesmo vale para o Mercosul: em um mundo cada vez mais imprevisível, alianças estratégicas sólidas são mais valiosas do que nunca. Apesar das diferenças econômicas e políticas entre seus membros, a UE e o Mercosul compartilham uma longa história, laços culturais e um entendimento mútuo. Em tempos de incerteza, esses fatores pesam mais do que as divergências do passado.
Até fevereiro de 2025, ainda não há um acordo definitivo entre a União Europeia e o Mercosul. As negociações começaram em 1999, mas enfrentaram dificuldades desde o início. Em 2004, foram temporariamente suspensas. Em 2010, houve uma retomada, e em 6 de dezembro de 2024, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e os presidentes dos países do Mercosul anunciaram que as negociações para o acordo de parceria UE-Mercosul haviam sido concluídas.
No entanto, a conclusão das negociações não significa que o acordo esteja garantido. Vários obstáculos ainda precisam ser superados: a aprovação pela Comissão Europeia, pelo Conselho da UE (onde se reúnem os governos dos Estados-membros) e pelo Parlamento Europeu. Além disso, os parlamentos do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai também precisam ratificar o tratado.
Embora as assinaturas ainda não tenham sido colocadas no papel, mudanças geopolíticas parecem estar acelerando as negociações. Os Estados Unidos minaram drasticamente sua posição de liderança ao impor exigências cada vez mais descaradas a seus vizinhos e aliados – desde reivindicações sobre recursos naturais e portos na Ucrânia até planos abertamente imperialistas de anexação da Groenlândia e do Canadá. Além disso, tarifas comerciais unilaterais e uma diplomacia agressiva baseada em coerção tornaram-se características marcantes do governo americano. A administração dos EUA pressiona vizinhos, amigos e parceiros a aceitarem “ofertas que não podem recusar”. Até mesmo a Europa, historicamente uma aliada próxima, percebeu a ameaça e está se distanciando rapidamente.
Para o Mercosul, essa mudança pode parecer uma forma de justiça histórica – afinal, a UE está começando a experimentar o mesmo tratamento que a América Latina sofre desde o século XIX. No entanto, essa experiência compartilhada também leva a uma conclusão mais ampla: a Europa e a América Latina (assim como o Canadá) estão no mesmo barco. A ordem global agora é dominada por três grandes blocos expansionistas e oligárquicos, com outros países tentando se alinhar a essa dinâmica. Infelizmente, essa é a nova realidade com a qual o mundo precisa lidar.
Se o acordo UE-Mercosul for bem-sucedido, ambos os blocos precisarão tomar decisões estratégicas. Para a Europa, isso significa adotar uma postura mais pragmática em relação às exigências ambientais, por exemplo, implementando regras gradualmente e criando mecanismos de compensação para os países sul-americanos. O Mercosul, por sua vez, terá que fortalecer suas normas comerciais e garantir mais transparência para reduzir a resistência europeia. Além disso, será necessário um papel diplomático forte para superar as divisões internas dentro de ambos os blocos – tanto na Europa, onde França e Alemanha têm visões opostas, quanto no Mercosul, onde Uruguai e Brasil buscam trajetórias distintas.
Assim, um acordo não é uma certeza, mas as alternativas são ainda menos atraentes. Sem um tratado, o Mercosul continuará economicamente vulnerável e dependente da China e dos EUA – algo que, cada vez mais, também se aplica à Europa. Em um mundo onde alianças geopolíticas estão se tornando cada vez mais frágeis, uma cooperação mais estreita não é um luxo, mas uma necessidade.
O próximo ano será decisivo para determinar se a UE e o Mercosul terão coragem de avançar ou se permanecerão presos a uma dinâmica antiga de desconfiança e divisão. E essa última opção não é mais aceitável.
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